Agora que entendi que o problema do pessoal com o que escrevi ontem é a data e pq não dei os diferentes cenários. Acho que não me entenderam: sem vacina e sem tratamento, 2022 é um bom cenário. Segue um fio detalhando o porque.


Quem tá pensando em quando esta onda chega ou acaba não tá pensando que todo mundo pode pegar COVID e a onda de casos passar não resolve o principal: quem não pegou pode pegar e vai precisar ser atendido. E só dá pra conter isso com quarentena por enquanto.


Segundo o Ministério da Saúde (

covid-insumos.saude.gov.br/paineis/insumo…


A questão é: quantas pessoas precisarão ser atendidas no Br? Imaginando que imunidade de rebanho funcione bem (nada garante -

fhi.no/en/publ/2020/I…


Tem uma controvérsia de quantos desenvolvem sintomas. Vou assumir o índice mais baixo de 20% (a maioria dos estudos aponta pra mais

cebm.net/covid-19/covid…


Se quisermos passar esse mínimo de 840 mil pessoas pelos 31 mil leitos dando conta de 70 mil por mês em uma eficiência inédita, são 12 meses de quarentena mantendo os níveis de contágio sob controle até pelo menos o meio de 2021. Isso trabalhando com os números mais otimistas.


Sem imunidade de rebanho, esse número de hospitalizações pode dobrar. Com um novo tratamento muito bom e aumentando o número de leitos, pra atender mais pessoas por mês, o prazo encolhe. Ou seja, sem vacina, vamos precisar de quarentena e muito esforço por um bom tempo.


Isso independente de modelo epidemiológico e assumindo números otimistas. Os modelos divergem em como essa dinâmica pode ser conduzida, mas o calibre do cano que é o número de leitos e o tamanho do problema, que são as internações, não é controverso e é sério em qualquer cenário.


Tratar isso como um problema que some virando a esquina ou em um passe de mágica é deixar todo mundo despreparado. Se você acha um absurdo ficar parado até o fim do ano que vem é pq é, mas deve rolar. E precisa de novas soluções.


E se você acha normal deixar uma galera morrer pq não tem cabimento o país parar por conta dessas pessoas, vários outros países felizmente discordam e vão continuar parando e abrindo. O mundo mudou.


Top