Falei agora na @CamaraRecife sobre o Carnaval. É tão equivocado dizer que 'vai ter de todo jeito' quanto que 'não pode ter de jeito nenhum'. É uma discussão que precisa ser feita de forma racional e cuidadosa. Não pode ser contaminada por preconceitos ou moralismos. Explico: +


O Carnaval de Pernambuco é boa parte autogerido. Feito por quem brinca, por que vive a festa como parte de sua identidade. O @governope promove alguns eventos, patrocina outros e organiza, com os municípios, estrutura de segurança, mobilidade, limpeza e outras tarefas


Em 2022, as tarefas do governo precisarão ser revistas. Com os índices de infecção e vacinação,dá pra realizar os eventos tradicionais? MUITO PROVAVELMENTE não. É temerário acharmos 'aceitável' que quase todos os dias ainda morra gente de uma doença que tem vacina +


Com as regras sanitárias DE HOJE, bares, restaurantes, igrejas, praia, tudo está aberto. Pode show pra 5 mil pessoas, futebol com metade da lotação. Num canto desses, se tocar frevo não é 'Carnaval'? Pode juntar 2 mil pessoas num lugar fechado, mas não pode 200 em lugar aberto?"+


Enfim, a discussão é difícil, técnica, econômica, sanitária e cultural que não pode ser simplificada. Tarefa do @governope e de prefeituras é incrementar vacina, limitar o trânsito de gente não vacina, impor limites e garantir a sobrevivência dos brincantes havendo festas ou não+


Mesmo sem pandemia, o Carnaval é sanitariamente desafiador. Todos ano, o pós folia é marcado por viroses, doenças respiratórias e outras mazelas. Em 2022 a responsabilidade do poder público é maior. Mas os governos não podem ignorar a realidade nem alimentar o racismo estrutural


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