ENTÃO VOCÊ QUER SER BILLY GRAHAM? 1. Quem seria o Billy Graham brasileiro? Talvez primeiro devamos entender o que fez Billy Graham ser quem foi. Segue o fio.


2. Billy Graham não foi um teólogo notável. Nem era um pregador de sermões expositivos profundos. O foco dele era outro: ganhar almas para Jesus. Era nisso que estava a paixão dele, e não em um Doutorado em Teologia.


3. Billy Graham não foi um pastor notável. Ele se ausentava tanto da igreja para fazer cruzadas evangelísticas que ele chegou a ser ameaçado de demissão. Você não ganha milhões pra Cristo e pastoreia bem uma grande congregação ao mesmo tempo.


4. Billy Graham não foi um teólogo público notável. Ele não era Martin Luther King lutando por causas sociais. Graham queria pregar o Evangelho e, como Paulo, fugia do que poderia atrapalhar essa missão maior. Mas ele tomou algumas medidas contra a segregação racial.


5. Billy Graham foi uma ponte notável. Ele conversava com fundamentalistas a liberais. Ele foi conselheiro de presidentes republicanos e democratas. Ele organizou os movimentos de Lausanne, onde diferentes tradições produziram documentos notáveis sobre evangelismo e ação social.


6. Billy Graham foi um administrador notável. Soube se cercar de pessoas que o ajudaram a organizar Cruzadas no mundo inteiro, fazer obras de ação social e até ajudar a organizar o que mais próximo tivemos de um concílio geral protestante: o Movimento de Lausanne.


7. Billy Graham foi um homem com uma integridade ímpar. Sem adultérios ou escândalos. Suas pregações não eram espetáculos de oratória, mas tinham unção. As pessoas que eu conheci que o viram se impressionavam com os frutos do Espírito que ele demonstrava ter.


8. Billy Graham foi um homem que amou almas perdidas de todos os tipos, e não um povo específico. Como Paulo, ele subordinou toda a sua vida e energia à pregação do Evangelho. Ele foi um evangelista notável, o maior desde Paulo.


9. Lamento, porém, que Billy Graham não tenha usado tudo isso para plantar igrejas. Assim seu legado seria mais duradouro, mas, talvez, menos impressionante. Ainda assim ele tem muitas características positivas destoantes do que vemos no Brasil.


10. O Brasil está preparado para dar suporte a um evangelista sem chamado pastoral ou de ensino em seminário? Valoriza o evangelista não treteiro que é ponte entre opostos, dentro e fora da Igreja? Evangelistas se preocupam em serem administradores?


11. O Billy Graham brasileiro não será reconhecido pela quantidade de supostos convertidos. Edir Macedo e R R Soares seriam os melhores nomes se esse for o critério. Mais que conversões, precisamos de um brasileiro com o caráter de um Billy Graham, que imitava a Paulo e a Jesus.


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