Ao que tudo indica a história da guerra na Ucrânia foi assim: Ano passado, o presidente Zelensky da Ucrânia recebeu um memorando feito pelos aparatos de inteligência dos EUA que dava a chance da Rússia invadir como de 80%. Ele duvidou do memorando mas resolveu se aproveitar.+
Apoiando a narrativa dos EUA, Zelensky poderia receber dinheiro e armamentos de graça da Europa e EUA. De quebra, a ameaça de uma guerra defensiva costuma aumentar a popularidade dos presidentes e a dele estava bem baixa. Então, ele seguiu o barco e se fez de vítima.+
Porém, óbvio, a ameaça de guerra e a aplicação de sanções a vizinhos(Rússia e Bielorrússia são parceiros comerciais significativos da Ucrânia até hoje) é péssima para a economia. E o próprio Zelensky ficou tentando desescalar as tensões e afastar o clima de pânico.+
Zelensky subestimou o tempo de duração dessa crise e o quanto a imprensa dos EUA estava sedenta por um assunto, agora que o grande imã de cliques se recolheu para Mar-a-Lago. Eu coloco boa parte dessa bosta na síndrome de abstinência de Trump que os jornais tem tido.+
Essa entrevista do sociólogo ucraniano Volodymyr Ischchenko para o Branko Marcetic pela Jacobin traz, logo na primeira pergunta, essa conclusão. O comportamento de Zelensky e Putin nos últimos dias confirmam o que antes era uma conjectura bem baseada.
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