Bonnie e Clyde, o casal que roubava e matava pessoas:


Bonnie Parker nasceu no dia 1º de outubro de 1910, em Rowena, no Texas. Bonnie teve uma infância pobre no estado, além de um casamento prematuro, aos 20 anos, com Roy Thornton.


No entanto, sua vida passou por uma forte transformação. Enquanto trabalhava como garçonete, acabou conhecendo o homem que seria seu novo amante e parceiro de crime: Clyde Barrow.


Clyde nasceu no dia 24 de março de 1909, no Condado de Ellis, Texas. Clyde foi preso pela primeira vez aos 17 anos. Mesmo jovem, estava acostumado a praticar pequenos furtos. Na segunda vez que foi preso, por exemplo, foi pego roubando perus de uma propriedade, ao lado do irmão.


Por causa dos abusos que sofreu na prisão, Clyde decidiu que queria se vingar do sistema carcerário do país. Apesar dele ter cometido vários homicídios, o historiador John Neal Phillips diz que o criminoso carregava a culpa constante por cada assassinato.


Os dois obtiveram fama pela sua aparência. Segundo o livro “The Lives and Times of Bonnie & Clyde”, de E. R. Miller, Bonnie tinha faces suaves e sardas, com belos cabelos loiros avermelhados e Clyde era descrito como um rapaz atraente de cabelos e olhos castanhos.


Bonnie e Clyde começaram seu romance em 1930, mas não ficaram juntos por muito tempo. A interrupção, no entanto, não teve nada a ver com um problema entre o casal, e sim com uma outra prisão de Clyde.


Em 1932, com a liberdade, eles voltaram a se encontrar e começaram a carreira de crimes. Além da dupla, a Gangue Barrow contava com vários outros adolescentes, incluindo W.D Jones, de apenas 16 anos.


Além de assaltar pequenas lojas e furtar carros, eles chegaram a matar cinco pessoas apenas no primeiro ano de atividade. Com o tempo, eles ganharam notoriedade na mídia, principalmente pelas fotos posadas que os próprios divulgavam.


Nas imagens, Bonnie, Clyde e os outros membros da gangue aparecem em momentos de descontração, ostentando veículos, armas e charutos. Os anos seguintes foram marcados de uma atuação frequente do bando.


Em posse de um Ford V8 e armas automáticas Browning – armamento pesado utilizado por militares –, todos roubados, o grupo passou a ser visto como inimigos das autoridades. Inclusive, nesse período, seus crimes incluíam o assassinato de autoridades locais por onde passavam.


Em 1934, a polícia texana decidiu dar um novo passo na busca por Bonnie e Clyde. A investigação do casal ficou nas mãos de um oficial da lei experiente, Frank Hamer, de 50 anos. Ao lado de outros cinco oficiais de destaque, o ranger organizou uma emboscada para os criminosos.


Antes de abordar o veículo do casal, a polícia interceptou o carro do pai de Henry Methivin, membro da gangue que viajava à frente dos companheiros. Pouco tempo depois da abordagem, a dupla também chegou ao local.


Segundo relatos, os dois estavam completamente relaxados, com Bonnie comendo um sanduíche no lugar do passageiro, e Clyde dirigindo descalço. O carro também estava carregado com quatro espingardas de uso militar, uma pistola e uma caixa com cerca de dez outras armas.


Registros históricos dizem que os policiais chegaram a entrar em um debate sobre prender ou matar os criminosos. Apesar da discussão inicial, disparos foram realizados na direção de Bonnie e Clyde assim que eles pararam o carro.


Clyde morreu na hora, com um tiro na cabeça. Com a morte do motorista, o carro acabou movendo-se sozinho, fazendo os agentes pensarem que Bonnie tentava fugir. Dessa maneira, a equipe se aproximou do veículo e Frank Hammer efetuou dois novos disparos, matando a mulher.


Inseparáveis em vida, Bonnie e Clyde foram enterrados em locais separados, por decisão da mãe de Bonnie, que nunca aprovou a relação.


Bonnie e Clyde ficaram famosos nos Estados Unidos a partir da década de 30. Apesar da fama, o casal, na verdade, era responsável por realizar crimes pelo país, incluindo assaltos e homicídios.


Durante a Grande Depressão, na década de 30, a dupla agia com outros parceiros principalmente na região central dos EUA. A carreira de crime do casal terminou em 1934, quando foram executados em uma emboscada.


Mesmo durante a carreira de crime, Bonnie e Clyde já eram considerados ídolos pelo país. Tratados como estrelas de cinema por muitos, eles eram encarados como símbolos da luta contra a opressão do Estado.


Curiosidades sobre a dupla: • Antes de conhecer Clyde, Bonnie era casada com Roy Thornton. A jovem conheceu o marido na escola, aos 16 anos, e se casou em 1926. Apesar de ter encerrado o relacionamento por infidelidade de Roy, ela nunca chegou a divorciar-se legalmente.


• Além do casal, a Gangue Barrow contava com os membros Raymond Hamilton, Joe Palmer, W.D Jones, Ralph Fults, e Henry Methvin. O grupo também incluía Buck, irmão mais velho de Clyde, e sua esposa, Blanche.


• Apesar de retratados como especialistas em roubos a banco, o grupo assaltou menos de quinze cofres na carreira. No total, acumularam lucros de apenas US$ 80, equivalentes a cerca de US$ 1,5 mil atualmente.


• As fotografias da gangue foram responsáveis por apresentar o grupo como ídolos romantizados da década de 30, quase como ídolos de Hollywood.


• Mesmo sendo fugitivo, Clyde escreveu uma carta para Henry Ford, elogiando o carro que dirigia. A mensagem dizia: “Em termos de velocidade, o Ford dá uma tareia em qualquer outro e, mesmo que os meus negócios não sejam legais, não deixo de dizer-lhe que tem um belo automóvel.”


• Segundo alguns historiadores, o tiroteio entre Bonnie e Clyde e grupo de Hamer teria durado apenas 16 segundos. Por outro lado, outros defendem que ele tenha acontecido por cerca de dois minutos.


• O veículo baleado de Bonnie e Clyde foi devolvido ao proprietário original, que não reparou o veículo. Desde então, ele passou por vários museus e hoje está em exibição no “Primm Valley Resort and Casino”, no estado do Nevada.


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