Joe Biden bateu seu recorde de baixa aprovação há quatro dias, mas deu uma melhorada de alguns décimos. Só que sua reprovação está no exato pico (56,9%). Um desastre para um país bipartidário. As consequências da guerra da Ucrânia são a grande causa (1/5).


Biden não dá sinais que vai arredar o pé. Por ora, a inflação desordenada a economia, mas gera um freio de arrumação para o capital, no sentido de favorecer as indústrias bélica e petroquímica, além de reduzir em termos reais os salários (2/5).


É o primeiro "ajuste" produzido por uma guerra - ainda que por procuração - patrocinada por Washington a gerar perdas econômicas para os EUA, visto como um todo - e gerar um certo caos, tolerado no entanto em prol do topo da pirâmide (3/5).


Evidentemente, é algo perigoso para a economia americana, analisada sistematicamente. Mas por ora, rende para quem tem de render. E, no limite, geraria um novo choque de juros - que deve estar sendo preparado neste instante (4/5).


Enquanto isso, os dois polos "polarizados" da representação da América continuam em operação: o da guarda universal dos direitos humanos pelo país e, o outro, trumpista, da América grande e isolacionista. As duas lâminas da tesoura (5/5).


P.S.: No duro, o cenário é instável, mas o grande capital americano paga para ver. Isso é uma novidade na história americana: a autopilhagem, que nós conhecemos tão bem aqui na América Latina.


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