BOLSONARISMO TEM FUTURO? Pelas pesquisas, Bolsonaro será derrotado para presidente; Mourão, Damares e Astronauta, derrotados para senador; Tarcísio e Lorenzoni, derrotados para governador; Silveira está inelegível. Weintraub e Araújo sumiram. Uma debâcle. Mas o centrão fica.


Para deputado, tudo indica que o número de bolsonaristas só pode diminuir em relação a 2018, quando a novidade Bolsonaro elegeu uma penca. Sabe-se lá se ex-ministros como Ricardo Sales e Mário Frias conseguirão ser eleitos com base na lacração.


É preciso lembrar que Bolsonaro terá o feito de ser o primeiro presidente a fracassar no desafio de ser reeleito; que o Brasil está refugando o extremismo para ficar mais moderadamente conservador. E não terão mais como usar o governo federal como palanque.


Sem mudar a estratégia, essa gente periga voltar à marginalidade do sistema político, onde estaria até hoje, se não fossem os escândalos de corrupção superdimensionadas pela Lavajato para desmoralizar as instituições.


Quanto ao centrão, já estava aí desde antes. Assumiu sua condição de direita, mas ele também é dividido. MDB, PSD, UB vão para o colo de Lula. Outros vai barganhar - PL, PP. Resta saber se o que farão reacionários empresários da fé, como Malafaia. Mas não sobrará muito mais.


Bolsonaro tem popularidade. Popularidade paradoxal, que à luz das pesquisas é insuficiente para o reeleger ou qualquer de seus principais aliados, depois de 4 anos predando o Estado. Popularidade impotente, incapaz de se traduzir em poder institucional. Paradoxo a ser explorado.


O único sucesso é que o Bolsonarismo apareceu, a extrema-direita apareceu. Mas quando você compara a potência de sua chegada em 2018 com o fiasco de sua saída 4 anos depois, vocês não de convir que algo deu errado. Muito errado


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