♟️Daqui a pouco, três da manhã no nosso horário, nove da manhã em Moscou, está programado um discurso televisionado de Vladimir Putin Originalmente deveria ter sido ontem, ou seja, pode ser adiado novamente. O discurso provavelmente vai abordar um desses temas, ou ambos (...)


(...) Primeiro, uma declaração de apoio aos referendos anunciados por autoridades locais pró-Rússia nos oblasts ucranianos de Luhansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhzhia Oblats são algo como os estados brasileiros, em uma analogia simples Os referendos seriam para (...)


(...) votar uma secessão da Ucrânia e eventual pedido de adesão à Federação Russa Lembrando algo que já explicamos algumas vezes no podcast do Xadrez Verbal, foi isso que ocorreu durante a anexação da Crimeia Via o voto, a região se tornou independente e pediu para (...)


(...) ser parte da Rússia. Para o governo russo, isso dá legitimidade popular ao processo. Para os críticos, o voto foi uma farsa ilegal feita sob ocupação. Seria também uma "resposta" russa ao que ocorreu no Kosovo Agora isso seria feito nos quatro oblasts citados (...)


(...) As autoridades ucranianas já afirmaram que não vão reconhecer esses referendos Uma eventual formalização da anexação territorial poderia ter duas implicações No processo de paz, com a Ucrânia não reconhecendo, como já dito, e com a Rússia podendo (...)


(...) exigir esse reconhecimento. Ou, ainda, se declarar uma potência satisfeita Em termos militares, poderia implicar que ataques contra esses territórios seriam ataques contra o Estado russo. De acordo com a constituição russa, é necessário que o Estado esteja (...)


(...) sob ameaça para que o uso de armamento nuclear seja justificado, dentre outros procedimentos militares O segundo possível tema do discurso é uma eventual declaração formal de guerra ou, ao menos, de mobilização geral A guerra está se arrastando e a situação (...)


(...) russa está longe de ser confortável no teatro ucraniano A Rússia precisaria poder mobilizar mais de seu poderio militar para poder retomar a vantagem contra a Ucrânia, que tem a vantagem de lutar uma guerra defensiva, e recebe constante fluxo de equipamentos (...)


(...) A maneira de fazer isso é declarar uma mobilização Hoje, apenas soldados profissionais servem na "operação militar especial", com altos índices de evasão e de recusa voluntária Ontem, inclusive, foram aprovadas leis mais rígidas para deserção e recusa em ir ao front (...)


(...) A questão da mobilização não é uma novidade para os ouvintes do Xadrez Verbal, já que essa é possibilidade já ventilada e, nas últimas semanas, tornou-se mais crível sob análise. Tratei o tema por escrito também (https://t.co/oFOYae5OFv) Atualizarei aqui após o discurso

gazetadopovo.com.br/vozes/filipe-f…


PS: Quando afirmo que a Ucrânia tem a "vantagem" de lutar uma guerra defensiva, isso se refere ao cenário militar, não que o país ter sido invadido seja uma vantagem, deixo claro para evitar distorções das minhas palavras


Putin anunciou "mobilização parcial" com convocação de reservistas para enfrentar um fronte de mais de mil km. Também declarou apoio total aos referendos. Afirmou que “Em sua agressiva política anti-russa, o Ocidente cruzou todas as linhas”


Top